Papas e Cabalistas

Pouco tempo depois de deixar o serviço dos Borgia, Leonardo anunciou ao Conselho Supremo da Ordem que sua Estratégia entrara em nova fase. Os Inimigos, não tendo conseguido seu objetivo inicial de transformar a Inquisição em senhora absoluta da Igreja, certamente mudariam de métodos. A Europa estava indignada com o grau de corrupção que a corte papal havia atingido, e os Outros logicamente procurariam tomar partido das inevitáveis reações. Era preciso fortalecer o Renascimento, para evitar que a tragédia de Savonarola se repetisse, em escala muito maior. Para isso, era preciso procurar aliados, e evitar abrir novas frentes de guerra. Preservar o Renascimento, dizia Leonardo, é preservar os valores de nossa Ordem; não se podia permitir que os Inimigos trouxessem de volta as Trevas medievais.

Em primeiro lugar, Leonardo recomendou que se evitasse confrontar diretamente os papas ligados à Confraria de Csífodas. Alexandre VI, com toda a sua ganância e crueldade, tinha sido um protetor da cultura, e, portanto, um aliado da Fênix, pelo menos quanto a esse interesse específico. O mesmo aconteceu com os papas seguintes. Alguns destes tiveram pontificados brevíssimos, de meses ou semanas, morrendo de forma suspeita; outros eram também luminares da Confraria. Entre estes, Júlio II, líder de uma facção rival e algoz de Cesare Borgia. Mesmo tendo na política e na guerra seus principais interesses, Júlio continuou o patrocínio dos artistas, protegendo Rafael Sanzio e Michelangelo. Júlio II foi, por sua vez, sucedido por Leão X, da família Medici, que tivera boas relações com os Borgia. Leão X foi um protetor ainda mais destacado da cultura, e um governante benigno, mas, ao mesmo tempo, um concorrente de Alexandre VI para o título de Papa mais corrupto.

Atribui-se a Leão X a frase: Tem-nos servido bem, esse mito de Cristo. À primeira vista, parece consistente com a mentalidade Csífodas. Mas jamais um Papa, e principalmente um Papa Csífodas, diria uma coisa dessas em público, mesmo que assim pensasse. Provavelmente, trata-se de maledicência protestante; a guerra de propaganda religiosa já prenunciava as guerras de verdade, que não tardariam a explodir.

Tendo exaurido o tesouro papal, equilibrado pelo relativamente frugal Júlio II, Leão X passou a vender cargos na Cúria Romana, alguns criados especialmente para isso; chapéus cardinalícios; títulos de Cavaleiro de São Pedro; e, principalmente, as famosas indulgências, ou seja, reduções de pena no Purgatório. Como todos sabem, isso levou ao rompimento de Martinho Lutero, e ao início da Reforma. Como isso tudo não bastante, passou a tomar empréstimos vultosos, e a empenhar desde a prataria papal até estátuas de santos. Muitos credores faliram quando Leão morreu.

Mas, disse Lecoq, voltemos às alianças propostas por Leonardo, pois nesse ponto se vê como elas começaram a dar frutos. Um dos primeiros grupos com quem ele entrou em contato foi o daqueles que Lecoq diz serem mais conhecidos por outro nome, mas que ele chamaria de Observadores, pois é o nome que a Ordem se comprometeu a usar. A conexão foi feita por Niccolò Machiavelli, de quem Leonardo se tornara amigo quando ambos trabalhavam para os Borgia. Machiavelli, como vimos, foi o grande cronista das táticas políticas dos Outros que, por isso mesmo, são atualmente conhecidas como maquiavélicas. Mas ele não era um estrategista ou agente, e sim apenas um Observador. Esse grupo tinha como interesse oficial apenas o registro de comportamentos bastante inusitados, como o das Sociedades Secretas. Uma espécie de xenoetólogos de antigamente.

Comentei que lera sobre organizações desse gênero apenas em livros de ficção, e perguntei se eles também eram Observadores de seres sobrenaturais. Lecoq riu e disse que essa parte era lenda, a não ser que se acredite no caráter sobrenatural dos Outros, como querem alguns. O que importava é que era uma Organização poderosa e oficialmente neutra; uma espécie de Suíça das Sociedades Secretas, o que os colocava em posição de servirem de mediadores entre sociedades rivais e até inimigas, se necessário. Além disso, davam guarida a quem corria perigo pessoal por pertencer a alguma Sociedade. Mafalda Rosas, por exemplo, estaria no momento refugiada entre eles.

Leonardo previu corretamente que, não demoraria muito, os Csífodas se convenceriam de que havia empreendimentos muito mais rendosos do que o Papado; afinal, por mais que a Igreja Católica arrecadasse, as despesas também eram muito grandes, e acabavam por não compensar. Havia uma religião mundial a sustentar; naquele século, o mecenato da Renascença bancava o fausto artístico que o prestígio da Igreja mandava exibir; e, principalmente, a necessidade de enfrentar a pregação moralista do nascente Protestantismo exigiria uma reforma interna, com o abandono das práticas mais escandalosas de simonia. De fato, após Leão X houve significativa redução da corrupção papal; apenas o nepotismo ainda continuou dominante até o Século XVIII. Por falar em nepotismo, após o brevíssimo pontificado de Adriano VI, foi eleito Clemente VII, primo e principal ministro de Leão X.

Ora, tendo tido o pai assassinado na famosa Conspiração dos Pazzi, Clemente fora criado pelo tio Lorenzo de’ Medici, o Magnífico, que, como se viu antes, fora protetor tanto de Leonardo quanto do prodígio erudito Pico della Mirandola, que tentou combinar Platão, Aristóteles, os neo-platônicos, o hermetismo e a Cabala. Justamente aí estava outro ponto da Estratégia de Leonardo: aproximar-se dos cabalistas cristãos, aproveitando o bom relacionamento que a Ordem mantinha com a Cabala original, judaica, há cerca de dois mil anos. Surpreso, perguntei a Pierre Lecoq:

— Mas como a Ordem podia manter boas relações com uma seita judaica, há tanto tempo? Pelo que Donald Cockburn me contou, a Ordem tem fundamental oposição filosófica ao Monoteísmo, o que levou a tantos conflitos com a Sinagoga, a Igreja e a Mesquita. Não existe total oposição entre o Princípio Transcendente, que é o Deus abraâmico, e o Princípio Imanente da Grande Fênix e dos pagãos em geral?

— Efeito Palimpsesto, professor Basileu. Aparentemente, nada mais Transcendente do que o Deus do Velho Testamento, que se comporta o tempo todo como uma Pessoa distinta dos Homens e do Universo: fica irado pelos mais variados motivos, especifica em detalhe a dieta do Povo Eleito, as minúcias do Templo e da Arca da Aliança, até o tipo de cueca que os sacerdotes devem usar...[1] Fulmina quem segura a Arca da maneira errada[2], e manda ursos devorarem garotos que zombam da calvície de um profeta[3]. Não surpreende, portanto, que a Grande Fênix, avessa ao conceito de Transcendência, tenha sido grande adversária do Judaísmo, e posteriormente de seus rebentos, o Cristianismo e o Islã.

Surpreendentemente, prosseguiu Lecoq, para um movimento de tanto prestígio dentro do Judaísmo, a concepção divina da Cabala é completamente diferente. Segundo o sagrado livro do Zohar, o Ser Supremo é En-Sof, o Infinito, criador da matéria e espírito, mas nem matéria nem espírito, completamente incognoscível e incompreensível. En-Sof é ao mesmo tempo Inexistente (pois existência é uma concepção humana, e, portanto, uma limitação; ecos do argumento ontológico[4]...), mas também a única Realidade, sendo todo o resto Ilusão (ecos do budismo, do Idealismo filosófico...).

Esse Princípio se manifesta através de dez Sephiroth (palavra que se pode traduzir por numerações), vistas como dez emanações distintas, que fazem a medição entre En-Sof e o Universo. O Deus do Velho Testamento passa a ser visto como um mero recurso didático para explicar certas regras aos homens da época. Para muitos místicos de todos os tempos, as Sephiroth têm sido objeto de viagens as mais diversas. Observei:

— Para os fãs de Umberto Eco, entre os quais estou, elas formam o eixo da narrativa do Pêndulo de Foucault...

Respondeu Lecoq:

— O que mais chama a atenção nas Sephiroth são as analogias entre elas e as Encarnações da Fênix; estas também são mediadoras entre o Princípio Imanente e o Universo. As Sephiroth são associadas com os coros angélicos, e anjos, como você deve saber, são vestígios da Nobre Ave existentes em todas as religiões abraâmicas. Como Numerações, as Sephiroth lembram Pitágoras, outro nome associado à Grande Fênix. Como cada Sephirah[5] se manifesta em quatro mundos (Emanações, Criação, Formação, Ação), temos um total de quarenta manifestações, correspondentes às quarenta Encarnações que compõem cada Ciclo da Fênix!

Com Pico e Lorenzo, Clemente VII se iniciou na Cabala, e, ao assumir o papado, a Cabala cristã atingiu o auge do prestígio, confirmando mais uma das apostas de Leonardo. Não só o Papa, mas os cardeais mais influentes eram cabalistas. O mestre do Papa na Cabala era seu próprio médico, que era também o grão-rabino de Roma; na época, os judeus tinham grande reputação como médicos. Graças a isso, os judeus eram relativamente livres e prestigiados em Roma, enquanto eram cruelmente perseguidos na Espanha, e sofriam restrições diversas em outros lugares, como Portugal, França e Veneza.

Clemente VII foi politicamente desastrado, oscilando entre Carlos V da Alemanha e Espanha, e Francisco I da França. O pior desastre envolveu os temidos mercenários lansquenetes, que, abandonados por Carlos V sem pagamento, quando sitiavam Roma, tomaram e saquearam a cidade. Como eram geralmente luteranos, aproveitaram para descarregar o ódio ao Papado. Esse grupo também é interessante, e até hoje existem ordens de lansquenetes (aparentemente, o objetivo principal é envergar os vistosos uniformes tradicionais deles). No Saque, os lansquenetes, apesar das diferenças de religião, foram ajudados pelos soldados do Cardeal Colonna, inimigo do Papa. Roma nunca recuperou o esplendor de antes do Saque, embora Clemente VII seja um dos papas lembrados como grande protetor das artes; por exemplo, encomendou a Michelangelo o Juízo Final, pintado na Capela Sistina.

O Grande Saque, sem dúvida, foi um dos golpes da nova estratégia dos Inimigos, segundo Lecoq. Clemente VII, depois de ficar meses preso no Castel Sant’Angelo, conseguiu fugir de Roma, disfarçado de mendigo.   Submetendo-se ao Imperador, Clemente teve permissão para retornar a uma Roma devastada e despovoada, e passou a cobrar do Imperador ação contra os luteranos. Dessa forma, acabou fazendo o jogo dos Outros, que queriam justamente deflagrar as Guerras de Religião.

Neste ponto, Lecoq contou mais uma variante curiosa de um fato histórico. Durante a prisão de Clemente, a República tinha sido novamente proclamada em Florença, com a expulsão dos Medici. Ao fazer as pazes com Carlos V, Clemente conseguiu que a família fosse reinstalada em sua cidade, na pessoa de Alessandro de’ Medici, conhecido como il Moro. Alessandro tinha esse apelido por ser mulato, pois o termo mouro era freqüentemente usado não apenas para os árabes, mas para os africanos em geral. Oficialmente, era filho ilegítimo de Lorenzo II, neto de Lorenzo, o Magnífico, com uma criada de origem africana, mas acredita-se que fosse filho do próprio Clemente. Segundo Lecoq, correu na época uma terceira versão, fortemente censurada pela família, de que seria filho de uma das princesas Médici. Ela teria fugido com uma trupe teatral; fulminada por paixão semelhante à de Lucrezia, teria vivido por uns tempos com um ator africano, ou seja, o antigo escravo de Cesare Borgia. Os que acreditavam nessa versão viam nisso alguma manobra daquele famoso Mouro, daí o apelido.

Tendo fomentado o Grande Saque, para depois usá-lo como mais pretexto para promover a discórdia religiosa, os Inimigos não se descuidaram de fortalecer a boa e velha Inquisição. Com Clemente VII enfraquecido, os inquisidores passaram a agir dentro de Roma, sem que o Papa pudesse opor-se. Um caso exemplar, segundo Lecoq, foi a história de Reubeni e Molko.

David Reubeni apareceu na Itália durante o pontificado de Clemente VII, dizendo-se príncipe de um reino judaico situado além das terras muçulmanas; navegantes portugueses confirmaram a existência de grandes comunidades judaicas na Etiópia e no Iêmen, com pele escura como a de Reubeni. Ele propunha aos reis cristãos da Europa a fundação de um país judeu na Palestina, em terras que então pertenciam ao sultão Solimão, o Magnífico, nas quais seria garantido o livre acesso dos cristãos aos Lugares Santos, e os judeus da Europa se mudariam para lá, livrando os reis europeus de um grande problema religioso e político. Em suma, um projeto sionista, mais de quatro séculos antes de Israel. Reubeni quase conseguiu convencer Dom João III de Portugal, mas este rompeu relações depois que seu melhor amigo e principal ministro, um cristão-novo chamado Diogo Pires, se converteu ao judaísmo, adotando o nome de Shlomo Molko, o Anjo Salomão.

Reubeni também não conseguiu convencer Francisco I da França, aliado não declarado do sultão. Ao tentar persuadir a Carlos V, foi preso e entregue à Inquisição. Seu destino, depois disso, é desconhecido. Enquanto isso, Molko se tornara protegido de Clemente VII, principalmente depois que ganhou fama de vidente, ao prever o Saque e uma grande inundação subseqüente. Apesar disso, foi capturado pela Inquisição sem que o Papa pudesse intervir, e queimado na fogueira. Na época, muitos judeus consideraram Reubeni ou Molko como sendo o Messias, enquanto outros se opuseram a eles, por considerá-los falsos Messias, ou por receio de que atraíssem represálias ainda maiores sobre a comunidade.

Enquanto ouvia a narrativa de Lecoq, eu me lembrava do romance de Marek Halter, O Messias, na qual esses acontecimentos são narradas em forma de ficção, mas de maneira bastante fiel aos personagens e acontecimentos historicamente registrados. E aí me lembrei de mais uma curiosidade: quando João Paulo II morreu, foi divulgado seu testamento. Nele, o Papa agradece a todos os católicos e não-católicos que o ajudaram a cumprir a missão, mas só cita nominalmente duas pessoas: seu próprio secretário particular, que era notoriamente seu melhor amigo, e o grão-rabino de Roma. A tradição cabalística cristã de Pico della Mirandola e Clemente VII ainda estará viva?

Mas, na ocasião, perguntei a Pierre Lecoq sobre outros grupos cabalísticos não-judaicos que têm semelhanças com a Ordem da Grande Fênix. Por exemplo, o grupo de Lon Milo DuQuette, que usa também o nome de Rabino Lamed Ben Clifford. Além de cabalista, DuQuette é músico e humorista, e escreve sobre hermetismo, tarô, maçonaria e mágica. Intitula-se também Arcebispo da Ecclesia Gnostica Catholica e Vice Grande Mestre da Ordo Templis Orientis. Esta Ordem, por sua vez, teve como um de seus fundadores o famoso Aleister Crowley. Para completar a mistura de religiões, líderes da O.T.O. usam também o título de Califa, e essa ordem alega combinar a Maçonaria, os Rosacruzes, os Templários, os Cavaleiros de Malta, os Illuminati, a Igreja do Santo Graal... Você decide. Elementos alados podem ser constatados no brasão deles, e usam também o símbolo alado associado ao deus-falcão Hórus... Coincidência? Pierre Lecoq riu e fez um gesto para que eu deixasse de brincadeiras. Comentou apenas:

— Hoje em dia, a Cabala judaica renega, pelo menos publicamente, qualquer associação com gentios. Eles ficam bastante irritados com o envolvimento de Madonna, Demi Moore, Mick Jagger, Britney Spears e outras celebridades no Centro de Cabala de Philip Berg. Que eu saiba, trata-se de uma organização ligada à Confraria de Csífodas.

Esse Philip Berg alega ser um rabino, mas ninguém conhece a yeshiva em que teria estudado, assim como alega possuir vários doutorados, mas jamais disse em que universidades os obteve. Berg também alega ser capaz de curar doenças graves, simplesmente abrindo uma versão em aramaico do místico livro do Zohar (que ele vende), e seguindo com os dedos as linhas dele. O Centro mistura a Cabala com astrologia, reencarnação, fotografia Kirlian, telepatia, clarividência, projeção astral, possessão diabólica, ETs e outras posturas (idéias? atividades?) New Age. Às numerosas críticas que recebe dos líderes religiosos judeus tradicionais, Berg tem respondido com processos que pedem indenizações milionárias. Para piorar, um dos líderes do grupo alegou que os judeus mortos no Holocausto tinham bloqueado a Luz, porque não usaram a Cabala...

Não surpreendentemente, o Centro de Cabala de Berg tem sedes em cinqüenta cidades e um sítio Web que anuncia no Google e na Wikipedia. Aí é possível comprar, por US$ 26,00, um cordão vermelho que protege contra o mau olhado (brinde: livro de instruções) e o livro Deus usa batom, no qual se explica como a esposa de Berg resolveu que estava na hora de acabar com 4.000 anos de proibição de mulheres na Cabala. O Centro anuncia também um programa de Espiritualidade para Crianças, com Baile de Gala Inaugural, coquetel, jantar, dança e leilões. Para participar, basta tornar-se um Patrocinador, em categorias que vão do Bronze (US$2.500,00) ao Diamante (US$50.000,00). Disse Lecoq:

— Você há de convir que, afinal de contas, a religiosidade Csífodas não morreu com Alexandre VI e Leão X. Figuras como o rabino Berg, determinados pastores tele-evangelistas, certos gurus, algumas igrejas universalmente reinantes, todos estão aí para mostrar que os bons confrades diversificaram um pouco a mercadoria, mas não saíram do ramo...

[1] Far-lhes-ás também, para cobrir a sua nudez, calções de linho que irão dos rins até as coxas. (Êxodo 28,42)

[2] Quando chegavam à eira de Quidon, Oza estendeu a mão para suster a arca de Deus, porque os bois, tropeçando, a tinham feito inclinar. A ira do Senhor se inflamou contra Oza, e o feriu, porque estendera sua mão para a arca; e Oza morreu ali mesmo, diante de Deus. (I Crônicas 7:9-10)

[3] ... Enquanto ia pelo caminho, saíram da cidade alguns rapazes, e puseram-se a zombar dele, dizendo: Sobe, careca; sobe, careca! Eliseu, voltando-se para eles, olhou-os e amaldiçoou-os em nome do Senhor. Imediatamente saíram da floresta dois ursos e despedaçaram quarenta e dois daqueles rapazes. (II Reis 2:23-24).

[4] Argumento da existência de Deus, proposto inicialmente por Santo Anselmo de Cantuária, e adotado, em váris formas, por toda uma linhagem de filósofos cristãos, inclusive Descartes e Gödel. Basicamente, afirma que Deus, sendo por definição Perfeito, tem que existir, pois a Inexistência seria uma Imperfeição. O argumento foi refutado por São Tomás de Aquino, e não é oficialmente aceito pela Igreja Católica.

[5] Sephirah é o singular e Sephirot, o plural.

     

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